O CIGRE, Conselho Internacional de Grandes Sistemas Elétricos, é uma entidade criada em 1921, sediada em Paris e que tem como objetivo criar uma comunidade de partilha de saber nesta área do conhecimento.

Para cumprir este objetivo, está dividida em 16 comités de estudo, correspondes a tantas outras áreas de trabalho. Em cada comité de estudo, existem em atividade diversos grupos de trabalho, destinados a, com base na experiência dos seus membros, responder a desafios, atuais e futuros, relacionados com os sistemas de energia elétrica. Existem cerca de 250 grupos de trabalho, espalhados pelos vários comités de estudo.

Um desses grupos de trabalho, o B5.68, pertencente ao comité de estudo B5 (proteção e automação), pretende estudar a otimização do processo de engenharia (configuração dos dispositivos) e respetivas ferramentas para sistemas baseados na norma de comunicação IEC 61850.

O seu líder, Camille Bloch, também integra a equipa do projeto europeu OSMOSE, relativa à tarefa ‘interoperabilidade', que esteve reunida no R&D Nester, no passado mês de novembro, para mais uma reunião deste projeto. 

Aproveitando a presença do líder e de outros membros do B5.68, o R&D Nester foi anfitrião de uma reunião daquele grupo de trabalho, e também porque o tema do grupo de trabalho e da tarefa do OSMOSE são idênticos.

Assim, esta reunião também serviu como ação de disseminação do trabalho desenvolvido no OSMOSE, levando a uma discussão mais alargada dos resultados obtidos até este momento na referida tarefa daquele projeto.

Para além da reunião propriamente dita, os membros deste grupo de trabalho tiveram ocasião de visitar o laboratório do R&D Nester, tomando conhecimento dos projetos que aí estão a ser implementados.

A norma IEC 61850, publicada em 2004 é, atualmente, utilizada de uma forma generalizada pelas empresas de distribuição e transmissão elétrica como suporte para a comunicação nos sistemas de proteção, automação e controlo das suas subestações.

Esta norma está em permanente evolução (está na segunda edição), existindo diversos grupos de trabalho, explorando e melhorando as suas capacidades e propondo ainda novos âmbitos de aplicação.